O que é o Meningococo tipo b

O meningococo tipo b é uma bactéria que está presente no nariz e garganta de algumas pessoas (adultos e crianças). Não se sabe bem porque em alguns indivíduos causa a doença.

Doença

Esta bactéria pode provocar meningite e este facto justifica o uso habitual do nome “Vacina da Meningite”, ou sepsis (infeção generalizada do sangue/corpo).

Em qualquer uma das doenças referidas pode provocar sequelas graves ou mesmo a morte (10-15%). A evolução da doença é muito rápida.

Estima-se que 10-20% das pessoas que sobrevivem fica com sequelas graves desde amputações, paralisias, deficiências intelectuais, surdez, etc.

Como se transmite

O contágio ocorre por via respiratória através das gotículas expelidas ao tossir ou espirrar. Quanto mais próximo/íntimo for o contacto maior a probabilidade de contágio.

Sintomas

O período de incubação (desde que se “apanha” essa bactéria até inicio da doença) varia de 3-7 dias. Alguns dos sintomas poderão ser febre, cefaleias, rigidez da nuca/pescoço, vómitos, confusão, intolerância à luz e mialgias. Podem surgir manchas escuras na pele, na maioria das vezes com evolução muito rápida. Cerca de 5-20% manifesta-se como sépsis sem meningite (sem inflamação das membranas que envolvem o cérebro- meninges).

Quem é mais afetado?

A frequência desta infeção é maior nas crianças durante o 1º ano de vida e depois volta a surgir um pico relevante entre 14-19 anos. Portadores de algumas doenças como seja a ausência de baço têm maior risco de contrair a doença

Prevenção?

A adequada prevenção será a administração da vacina anti-meningococo tipo b.

Em nossa opinião esta vacina está recomendada em todas as idades pediátricas.

Emídio Carreiro – Pediatra

Paulo Coutinho – Pediatra

Revisto em 24/5/2015

Foi recentemente aprovada e disponibilizada para compra nas Farmácias uma nova vacina no nosso país, chamada BEXSERO©, que pela primeira vez protege contra infecção pela bactéria meningococo tipo b.

É semelhante às vacinas que protegem contra o meningococo tipo c que já fazem parte do Plano Nacional de Vacinação (PNV), mas que muitos pediatras recomendaram aos seus pacientes antes de serem incorporadas no PNV. Naturalmente, cada uma protege exclusivamente contra o tipo de bactéria em causa.

Trata-se de uma infecção felizmente rara em Portugal, mas, quando acontece, extremamente grave, de evolução muito rápida e difícil de diagnosticar precocemente.

É uma vacina que até agora se tem revelado segura, com efeitos secundários semelhantes às outras, apresentando apenas uma maior tendência para provocar febre, pelo que se deve administrar antipiréticos preventivamente.

O esquema de administrações varia com a idade, entre 2 a 4 tomas, sendo que cada toma custa neste momento aproximadamente 95 euros.

Nenhuma vacina protege a 100% ou está isenta de riscos, mas, enquanto pediatra, tendo em vista o que está explicado acima, quero que reflictam sobre toda esta informação e se puderem, ponderem a sua administração aos vossos filhos, a qual recomendo.

Revisto em 30/01/15

Paulo Coutinho

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